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Há uma correlação entre a maneira como uma violação de dados é divulgada e o prejuízo financeiro que a organização envolvida sofre após um incidente de cibersegurança. De acordo com o novo relatório da Kaspersky “Como as empresas podem minimizar o custo de uma violação de dados“, pequenas e médias empresas (PMEs) que decidem informar uma violação aos públicos interessados têm, em média, perdas 40% menores se comparadas às que tiveram incidentes vazados pela imprensa. Esta tendência também foi observada entre grandes corporações.

Não informar o público de forma rápida e adequada sobre uma violação de dados pode agravar as consequências do incidente. Alguns casos famosos foram o da Yahoo!, que foi multada e recebeu críticas por não avisar seus investidores sobre uma violação de dados, e a multa ao Uber por encobrir um incidente.

Custos para PMEs na América Latina

A conclusão foi baseada em uma pesquisa global que fizemos com mais de 5,2 mil profissionais de TI e cibersegurança – mais de 300 na América Latina. Na região, os custos para uma PME que avisa proativamente sobre uma violação somam US$ 93 mil, enquanto empresas semelhantes que tiveram o incidente informado pela imprensa sofreram prejuízo de US$ 163 mil. O mesmo ocorre no caso de grandes corporações: quem informou o público voluntariamente registrou perda de US$ 878 mil, contra US$ 1,359 milhão de quem teve o incidente revelado pela imprensa.

Custo médio de uma violação de dados na América Latina em função da maneira como ela foi divulgada

Custo médio de uma violação de dados na América Latina em função da maneira como ela foi divulgada

 

Cerca de duas em cada cinco empresas (42%) que sofreram uma violação de dados decidiu revelá-la de maneira proativa e 31% delas preferiram não divulgar. Mais de um quarto (27%) das empresas tentaram ocultar o incidente, mas ele vazou para a imprensa. Embora tenham sido relatadas perdas menores quando as empresas conseguem esconder o incidente, essa abordagem está longe do ideal. Além disso, caso o vazamento seja exposto posteriormente contra a vontade da organização, os prejuízos serão maiores.

A pesquisa mostrou ainda que os riscos são especialmente grandes para empresas incapazes de detectar um ataque imediatamente: 19% das PMEs que levaram mais de uma semana para identificar que sofreram uma violação descobriram por meio da imprensa, porcentagem quase duas vezes maior do que a das que detectaram a violação quase imediatamente (30%). No caso das grandes corporações, o risco é o mesmo, com 50% em ambos os casos.

“As empresas latino-americanas não costumavam avisar seus clientes sobre um incidente de segurança, mas este cenário mudou. A pesquisa mostra que 41% das empresas da região já decidem divulgar o vazamento para mitigar o impacto em sua reputação e 50% por políticas internas e fatores éticos. A obrigação por meio de uma regulação aparece com 47%.”, afirma Roberto Rebouças, gerente-executivo da Kaspersky no Brasil. “Minha leitura é que, no Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados já fez efeito e o cliente final é quem mais se beneficia com isso. Se a empresa tratar o consumidor com responsabilidade, há mais chance de ele continuar confiando nela”, observa.

Dicas para proteção de dados nas empresas

  • Para a detecção, investigação, busca proativa de ameaças e rápida resposta a ameaças avançadas em nível de endpoints, implementar soluções de EDR, como o Kaspersky Endpoint Detection and Response. Empresas menores com experiência em cibersegurança limitada podem tirar proveito do Kaspersky EDR Optimum, que oferece funcionalidades básicas de EDR.
  • Oferecer treinamentos de conscientização para os funcionários, para que saibam reconhecer um incidente de cibersegurança e o que devem fazer ao detectá-lo, inclusive avisar imediatamente o departamento de segurança de TI da empresa.


from Notícias – Blog oficial da Kaspersky https://ift.tt/39wNmnv

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