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De acordo com dados de 2019 da Internet World Stats, 70% da população da América Latina – mais de 440 milhões de pessoas – tem conexão com a internet para se comunicar .

A Internet oferece comunicações, compras, entretenimento, notícias, educação, trabalho e muito mais a qualquer pessoa em qualquer momento, ocasião e local, e por meio de qualquer dispositivo eletrônico conectado.

E embora a possibilidade de permanecer online o tempo todo tenha uma conotação positiva, porque nos permite estar cientes de tudo o que acontece ao nosso redor, facilitando a vida cotidiana, a nossa pesquisa mais recente a respeito de ameaças revela que esses mesmos canais são cada vez mais utilizados por criminosos, atacantes maliciosos e até assediadores para nos transformar em vítimas de cibercrimes.

Alguns cibercriminosos procuram apenas magoar, interromper ou desestabilizar; outros vão atrás de dinheiro ou identidades; e alguns dos mais perigosos têm como alvo a inteligência política ou comercial ou mesmo uma infraestrutura nacional crítica, como redes de energia. De uma forma ou de outra, estamos todos em risco.

Todas essas pessoas e grupos com más intenções monitoram de perto a evolução da tecnologia digital. Cada novo desenvolvimento, cada novo dispositivo e cada novo sistema operacional são estudados para encontrar vulnerabilidades. Eles também exploram o comportamento humano, como a falta de conhecimento digital e uma tendência inata à confiança.

Para entender melhor como os internautas na América Latina percebem, se defendem e são afetados pelas atuais ameaças online, a Kaspersky, juntamente com a empresa de consultoria CORPA, realizou uma abrangente pesquisa na regional que explora o uso de dispositivos eletrônicos, bem como o conhecimento e a experiência de indivíduos e empresas a respeito das ciberameaças atuais.

A análise dos resultados da pesquisa e a capacidade de rastrear alguns deles nos últimos anos permitem à Kaspersky monitorar melhorias e contratempos e identificar áreas nas quais ela pode fornecer suporte para pessoas e empresas latino-americanas e ao redor do mundo, para que se sintam protegidas e preparadas para proteger aquilo que é mais importante para elas.

Metodologia

O estudo foi realizado de forma online pela CORPA entre dezembro de 2019 e janeiro de 2020. A pesquisa foi desenvolvida com usuários de dispositivos eletrônicos (computadores, smartphones, tablets, entre outros) de seis países da região: Argentina, Brasil, Chile , Colômbia, México e Peru.

Foram pesquisadas 2.291 pessoas entre 18 e 50 anos de idade. A amostra foi distribuída em proporções semelhantes entre homens e mulheres e entre grupos etários (18 a 24 anos, 25 a 34 anos e 35 a 50 anos).

Os dados foram revisados ​​para serem regionalmente representativos e consistentes.

Nem todos os resultados da pesquisa foram incluídos neste relatório. Para mais informações, entre em contato com a Kaspersky.

Principais conclusões do estudo

  • Armazenamento e segurança 
  • A maioria dos entrevistados em todos os países conhecem o conceito de nuvem.
  • Quase metade dos entrevistados contam com uma solução de segurança para a nuvem. Um quinto dos entrevistados não sabem como a protegeriam e entre 5% e 10% não acreditam que precisem de proteção.
  • São armazenados principalmente arquivos (fotos, contatos, etc.) para evitar a perda em caso de roubo, e para compartilhar com outras pessoas (trabalho, universidade, escola). Como segunda prioridade, documentos com informações relevantes ou confidenciais são protegidos para que não fiquem armazenados nos dispositivos. Uma porcentagem menor não usaria a nuvem para armazenar arquivos.
  • Em sua maioria, os entrevistados excluem documentos antigos armazenados na nuvem para ter mais espaço e maior organização. Aproximadamente um quarto dos entrevistados não excluem seus arquivos, pois preferem mantê-los.
  • Cerca de metade dos entrevistados não armazenam fotos íntimas na nuvem, pois isso poderia ser perigoso. Na maioria das vezes, as mulheres tendem a ter mais cuidado do que os homens ao armazenar fotos íntimas na nuvem privada.
  • A segurança dos dispositivos é protegida principalmente com senha e, em segundo lugar, com senha e uma solução de segurança.
  • A maioria dos entrevistados salvam arquivos na nuvem no trabalho.
  • A maioria dos entrevistados não conectariam o dispositivo de sua empresa a uma rede desconhecida em um aeroporto, mesmo que isso signifique acelerar uma ação. Eles preferem usar a rede móvel do seu celular pessoal ou encontrar um local onde o sinal é mais forte.

Mensagens e sites

  • Em todos os países, a maioria dos entrevistados declaram que vão diretamente ao site do banco após receber SMS avisando que sua conta foi invadida.
  • Com relação à publicidade abusiva, o que mais incomoda os internautas são os links para páginas que podem informações pessoais. Em segundo lugar são os links contendo malware e, em seguida, aparece os links que levam para páginas oferecendo produtos falsos ou enganosos (que não cumprem o que foi prometido).
  • Em termos gerais, o internauta tem pouco conhecimento sobre software malicioso. Essa desinformação é mais acentuada entre as mulheres.
  • O termo malicioso mais conhecido entre os entrevistados é o malware, seguido de ransomware e phishing.
  • Em todos os países, os entrevistados consideram o malware o tipo de software mais prejudicial para os dispositivos de uma empresa.
  • A maioria dos entrevistados não salvam suas credenciais em sites bancários.
  • Com relação às lojas online, a maioria dos entrevistados não aceitam que o navegador salve os dados do usuário, enquanto cerca de um terço o faz.
  • Em relação à senha do email, mais da metade dos entrevistados salvam seus dados no navegador.

Internet das coisas

  • Cerca de metade dos entrevistados acreditam que podem ser vistos ou ouvidos por meio de uma SmartTV.
  • Com relação às informações de saúde, cerca de um terço dos entrevistados acreditam que esses dados são coletados pelos proprietários dos aplicativos, enquanto outro terço pensa que eles estão armazenados na nuvem.
  • Em todos os países, a maioria dos entrevistados não sabem que os dispositivos IoT também possuem correções de segurança.
  • A maioria dos entrevistados pensam que é arriscado dar a uma criança um brinquedo que se conecte à internet via WiFi.
  • A grande maioria dos entrevistados afirmam ter uma rede Wi-Fi em casa e que ela é privada.

Redes sociais e fake news

  • A grande maioria dos entrevistados se informam diariamente por meio de redes sociais, sites de mídia ou ambos. O uso dessas plataformas é transversal aos gêneros e faixas etárias.
  • Em relação aos bots nas redes sociais, no Chile, Argentina, Colômbia e México, a maioria diz conhecer o termo.
  • Os entrevistados de todos os países afirmam que as pessoas viralizam notícias falsas para obter algo em troca ou para prejudicar algo/alguém.
  • A grande maioria dos entrevistados acham que as fake news podem ser prejudiciais.
  • Com relação aos desafios (correntes), no Chile, Peru, Colômbia e México, a maioria dos entrevistados afirmam nunca terem realizado algo do tipo. Quanto ao seu risco, apenas uma minoria pensa que eles sejam jogos inocentes, a maioria acredita que eles são perigosos.
  • A grande maioria diz que não desativaria sua solução de segurança para baixar um aplicativo para seus filhos, se a solução o detectar como potencialmente malicioso.

Conclusões

O estudo “Iceberg Digital” revela até que ponto os dispositivos eletrônicos conectados à Internet e às atividades online se tornaram parte integrante da vida dos consumidores latino-americanos. No entanto, o estudo também revela uma profunda contradição entre o que os usuários conectados entendem e temem e o que fazem independentemente desses medos.

Muitas pessoas subestimam o quão vulneráveis ​​podem ser e se comportam de forma descuidada: elas não protegem adequadamente seus dispositivos e seus dados sensíveis contra roubo ou perda e suas famílias contra riscos online. Muitos também não sabem como identificar um site ou notícias falsas ou uma abordagem fraudulenta para roubar dados de pagamento.

Algo semelhante ocorre em organizações que, embora desejem ser protegidas, não treinam seus colaboradores em geral na prevenção do cibercrime e tampouco implementam medidas de segurança robustas, expondo-se ao roubo de valiosas informações corporativas.

Endereçar esses pontos precisa ser uma prioridade. Precisamos educar e dar suporte aos internautas para que possam apreciar plenamente o valor de sua identidade e de suas informações pessoais e profissionais para criar a consciência de que tudo o que fazem online não é apenas visto por eles ou pelos mais próximos, mas podem ser vistos também por estranhos, incluindo criminosos. Eles devem, portanto, assumir a responsabilidade de proteger seus dados por meio de senhas, soluções antimalware e melhores comportamentos online.

Para ajudar a alcançar esse importante objetivo, o estudo focou não apenas nas principais atividades que as pessoas realizam online e nos riscos de segurança aos quais estão expostas, mas também nas consequências muito reais dessa exposição e nas perdas, ataques ou infecções que sofreram nos últimos meses.

A Kaspersky está comprometida em ajudar empresas e pessoas a protegerem aquilo que é mais importante para elas. Não apenas por meio de seu portfólio completo de soluções de segurança, mas também por meio de conscientização e da comunicação, capacitando os usuários a tomarem decisões conscientes sobre sua própria segurança e sobre as pessoas à sua volta.

 



from Notícias – Blog oficial da Kaspersky https://ift.tt/2w6R6dL

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