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Se o caminho para o inferno está pavimentado com boas intenções, nunca foi tão fácil colocar mais pedras. Nessa era de dominação das mídias sociais, espalhar notícias com as “melhores” intenções não custa nada, como vimos recentemente no Facebook, quando as pessoas começaram a compartilhar uma mensagem dizendo aos seus amigos que suas contas haviam sido hackeadas.

Acontece da seguinte maneira:

1) Alice recebe uma mensagem que diz algo mais ou menos assim:

Oi… recebi outra solicitação de amizade sua ontem… que eu ignorei, então talvez deva verificar sua conta. Pressione com o dedo essa mensagem até que o botão de encaminhar apareça… então clique em encaminhar e marque todas as pessoas para quem você quer enviar também… eu tive que mandar individualmente. Boa sorte!” [sic]

2) Alice decide fazer a coisa certa e encaminha a mensagem para João, Luís e Luciana.

3) João lê a mensagem e – bem-intencionado – encaminha para Renato, Pedro e Eduardo.

4) E eles levam a notícia ainda mais longe. É assim que os golpes funcionam.

Sim, esse é o golpe mais recente do Facebook: sua conta não foi hackeada, não há necessidade de avisar seus amigos, e provavelmente não houve “outra solicitação de amizade sua ontem”; apenas alguém decidiu espalhar a notícia. O Washington Post diz que as contas de algumas pessoas realmente foram clonadas, então a tal “outra solicitação da sua conta” pode estar perto da verdade para muitas pessoas, mas, mesmo nestes casos, não é preciso verificar nada ou encaminhar a mensagem.

Lembra do Jayden K. Smith, o hacker que supostamente podia acessar sua conta do Facebook se você aceitasse seu pedido de amizade? Sim, é a mesma coisa, e não tem nada a ver com a realidade. Lembra do golpe do BFF, quando as pessoas alegaram que se você digitasse “BFF” em um comentário e a palavra ficasse verde significava que sua conta estava protegida? Outro golpe.

O incidente mais recente desse tipo foi provavelmente o golpe “me seguindo” do Facebook, quando muitas pessoas bloquearam algumas contas aleatórias porque achavam que esses perfis estavam as seguindo por algum motivo suspeito (na realidade, não estavam).

Sugerimos que ao invés de entrar em pânico e perpetuar um golpe, considere isso um lembrete para realmente proteger sua conta do Facebook. A boa notícia é: a rede apresenta diversas medidas que ajudam a tornar sua conta menos hackeável. Aqui estão algumas das nossas recomendações:

  1. O alicerce da segurança de qualquer conta é a senha. Utilize uma senha forte – realmente forte, pelo menos 12 caracteres, mas quanto maior, melhor.
  2. Habilite a autenticação de dois fatores. A funcionalidade deixa sua conta muito menos vulnerável, especialmente quando se trata de criminosos que não estão realmente interessados em hackear você, especificamente, mas apenas procuram uma presa fácil.
  3. Considere reduzir a visibilidade excessiva nas redes sociais: o Facebook possui muitas opções de configurações de privacidade; defini-las adequadamente ajuda a tornar sua conta menos atrativa para todos os tipos de hackers, golpistas e afins.
  4. Também é uma boa ideia instalar um bom antivírus em seus dispositivos, incluindo smartphones e tablets.


from Notícias – Blog oficial da Kaspersky Lab https://ift.tt/2Eb9eXw

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